sábado, 2 de agosto de 2008

FCPorto3 Leixoes0

Há uma goleada para explicar e, avise-se já, ela só passa de raspão por Hulk, a inevitável atracção principal do jogo que, por enquanto, fica umas linhas a marinar. Primeiro, a explicação principal para um resultado robusto, encontrada nas entrelinhas de um puzzle que recolocou os portistas no caminho das vitórias: o puzzle do meio. Jesualdo Ferreira voltou a meter o dedo aí, na ferida aberta pela saída de Paulo Assunção.

Já se tinha visto que Guarín surgia como aposta interessante, mas, agora, Jesualdo resolveu experimentar o colombiano num dos vértices mais atacantes do triângulo, deixando as despesas exclusivamente defensivas entregues a Raul Meireles. Resultou em cheio. Meireles é tacticamente disciplinado e, com ele, o meio-campo portista ganhou consistência, deixando de navegar numa certa insegurança ditada pela mania de Guarín. A mania de atacar. Longe de ser defeito, isso, se mal resolvido, poderia tornar-se num pecado capital, porque, com os avanços frequentes em campo, o colombiano deixava a defesa algo descompensada, sujeitando os outros médios a um desgaste mais acentuado. Ao mexer no desenho, trocando Guarín por Meireles no papel mais recuado, Jesualdo poderá ter encontrado a resposta perfeita. Promissora, pelo menos, foi.

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